Quinta-feira, 22 de Setembro de 2005
António Aleixo (5)
Um cavalheiro casado
Foi ao baile,destrajado;
Dançou,foi ao camarim,
Com um anjo ou uma estrela,
Sem a conhecer,porque ela
Não tirou o mascarim.
A sós,ela consentia
Tudo o que ele lhe fazia,
Mas com esta condição:
De se entregar,ser sua,
Despir-se até ficar nua,
Mas mostrar o rosto,não!
E enquanto ele a abraçava,
E cego de amor beijava
Esse corpo escultural,
Ela aproveita a cegueira
P'ra lhe roubar a carteira
Mas ele não deu por tal.
Mais tarde a cena acabou-se,
Ela vestiu-se,raspou-se;
E ele muito atrapalhado,
Com certo tremor na fala,
Vem cá fora,diz na sala:
- Meus senhores,estou roubado.
- Não sabe quem o roubou?
- Foi muito o que lhe levou?
Perguntam todos com espanto.
- Foram dez contos de réis
E além disso alguns papéis
Que valem mais d'outro tanto.
Vai para casa a fugir,
Encontra a mulher a rir
Com a carteira na mão,
Que se abraça a ele e diz:
- Toma lá meu aprendiz,
Foi uma bela lição!
Toma lá que é para aprenderes !!!!!!!!!!!
De Anónimo a 23 de Setembro de 2005 às 09:37
Gostei de ler.alfa69
(http://daquidali.blogs.sapo.pt)
(mailto:aalmas@marbosserra.pt)
Comentar: